Depois de mais de dois meses sem aulas, os alunos voltaram às escolas em Yaoundé, enfrentando a chuva e com as máscaras no rosto, segundo a agência France Presse.
O governo suspendeu em 17 de março as aulas em todas as escolas, faculdades, colégios e universidades, tanto públicas como privadas.
"O recomeço é efetivo com as aulas do último ano", disse Catherine Bessala, professora na Abang Nkongoa Public High School, nos subúrbios do sul de Yaoundé.
Os alunos do terceiro e primeiro anos retomarão na quinta-feira, acrescentou.
À entrada, são colocados três baldes de água para os alunos, outros nas salas de aula. "Tentamos aproximar o mais possível os alunos dos locais para a lavagem das mãos e para os encorajar a fazer isso o mais frequentemente possível", afirmou Bessala.
Em Abang Nkongoa, os alunos do 12.º ano foram divididos em 12 salas de aula, em vez das quatro que existiam habitualmente, respeitando o número máximo de 24 estudantes por turma.
Nas escolas primárias e secundárias, o recomeço só envolve os alunos das classes que têm exames este ano, um vez que os estudantes estão preocupados com a sua entrada na universidade.
Na semana passada, o primeiro-ministro, Joseph Dion Ngute, confirmou o reinício das aulas, apesar das críticas de vários sindicatos de professores e das preocupações dos pais, amplamente difundidas pelas redes sociais.
Segundo a imprensa do país, os sindicatos afirmaram que as condições de segurança sanitária não estão sendo contempladas.
O início do novo ano escolar ocorre enquanto a epidemia continua a aumentar em Camarões, com mais de 6.100 casos positivos e 197 mortes.
Quase duas semanas após a detecção do primeiro caso, em 05 de março, o governo tinha tomado medidas - incluindo a suspensão das aulas - que foram consideradas muito tardias em comparação com muitos países africanos e, sobretudo, bastante tímidas num país com mais de 25 milhões de habitantes.
Fonte: Mundo ao Minuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário